R$ 308,4 bilhões. Este foi o faturamento do setor atacadista e distribuidor no ano passado, segundo o Ranking ABAD/NielsenIQ 2022 – ano base 2021, realizado pela Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores em parceria com a consultoria NielsenIQ. Em termos nominais, o crescimento foi de 7,1%. O total apurado garante ao setor a participação de 51,3% no mercado mercearil brasileiro, avaliado pela NielsenIQ em R$ 601,6 bilhões em 2021. Publicado desde 1994, o Ranking ABAD/NielsenIQ analisa anualmente os resultados e a atuação dos agentes de distribuição de todo o País, com informações relevantes para orientar planos estratégicos e investimentos do Canal Indireto. Em termos reais (deflacionados), o desempenho foi de -2,96%.
Nesta edição do levantamento, o número de empresas respondentes chegou a 669, que faturaram R$ 186,6 bilhões (incluindo o Atacadão) ou R$ 127,7 (excluindo o gigante do autosserviço), apresentando crescimento médio de 17,7% na comparação com 2020. Esse conjunto de empresas corresponde a 51,7% do setor (na análise relativa ao ano de 2020 o índice era de 49,2%). O estudo leva em conta preços praticados em 1.067.484 estabelecimentos de todo o Brasil.
O atacado de autosserviço representa a maior fatia do faturamento da pesquisa (37,6%) e cresce 13,8%, de R$ 61,6 bilhões em 2020 para R$ 70,1 bilhões em 2021. Já a modalidade distribuidor com entrega (29,3% do faturamento) é destaque com 19,6% de crescimento, passando de R$ 45,7 bilhões em 2020 para R$ 54,6 bilhões em 2021. Por sua vez, o atacado generalista de entrega (29,2% do faturamento) cresceu 16,6%, de R$ 46,7 bilhões em 2020 para R$ 54,4 bilhões em 2021.
Em relação à cobertura do atacado distribuidor em relação aos canais de varejo, a NielsenIQ aponta que ela é de 95% nos varejos tradicionais (armazém, mercadinho e outros com atendimento de balcão), 85% nos bares e restaurantes, 68% nos pequenos supermercados (pontos de venda independentes, de até quatro checkouts e mil metros quadrados), 45% no segmento de farmacosméticos e 40% nos supermercados grandes. No que se refere às categorias trabalhadas, o grupo dos alimentos é a de maior representatividade no faturamento das empresas pesquisadas: responde por 40,6% do total comercializado. Na segunda posição, artigos de higiene e beleza participam do bolo com 17%, seguidos pelas bebidas (8%), itens de limpeza (7,9%), materiais de construção (7,2%) e bazar (6,4%).
Outro dado relevante apontado pelo estudo é que o setor se apresenta otimista em relação ao desempenho em 2022: 82% esperam aumento no faturamento, 73,5% acreditam em expansão da base de clientes enquanto 72% esperam elevação no volume de vendas. Ainda indicando perspectiva de crescimento, com otimismo mais moderado, 57,6% dos participantes da pesquisa veem aumento da rentabilidade e 47,1% esperam atuar com maior número de fornecedores.
A ABAD representa nacionalmente um setor que atende diariamente mais de um milhão de pontos de venda em todos os 5.570 municípios brasileiros, sendo responsável por dar capilaridade à distribuição de produtos industrializados essenciais por todo o território nacional e gerando mais de 460 mil empregos diretos e 5 milhões de empregos indiretos nos estabelecimentos varejistas do País.