Há quase 30 anos na ABAD, o superintendente executivo Oscar Attisano tem como tarefa comandar um time de profissionais para que as exigências do trabalho – iguais às de uma empresa privada – sejam cumpridas. Attisano entrou na ABAD em 1994, a convite do então vice-presidente Paulo Hermínio Pennacchi, para organizar e coordenar a área comercial, criando a Central de Negócios ABAD. Na gestão seguinte, Pennacchi assumiu a presidência e Oscar passou de diretor comercial para superintende executivo. Nesta entrevista, Attisano fala das transformações na Associação e do futuro da entidade.
Anuário ABAD – O senhor atua na ABAD há quase 30 anos. Quais as mudanças mais relevantes que aconteceram ao longo desses anos?
Oscar Attisano – Foram muitas as mudanças! Os presidentes e diretorias da ABAD cumprem um mandato de 2 anos com direito a uma reeleição. Sendo assim, a cada 4 anos, temos uma nova diretoria contribuindo com o desenvolvimento da entidade à sua maneira. Na gestão de Luiz Antônio Tonin, o foco foi mais estruturante e organizacional. A entidade lançou o Banco de Dados, o estudo do Ranking ABAD/Nielsen e deu início à Central de Negócios. Na gestão seguinte, Paulo Pennacchi solidificou a estrutura organizacional e ampliou a capilaridade do setor, inaugurando filiadas em todos os Estados brasileiros, além de apoiar as já existentes. Já o presidente Geraldo Caixeta privilegiou a área educacional e social. Carlos Eduardo Severini promoveu estudos estratégicos e resgatou a história do setor. José do Egito fortaleceu os eventos da ABAD e criou novos comitês de trabalho. Emerson Destro intensificou o relacionamento com as indústrias fornecedoras, entidades parceiras e a área política. Promoveu, também, a revisão algumas atividades, valorizando a entidade. O atual presidente Leonardo Miguel Severini está empenhado em superar os efeitos da crise provocada pela pandemia e modernizar as ações da ABAD e das empresas do setor, investindo forte em tecnologia. Por isso, ele lançará neste ano o Marketplace do Setor e o Novo Banco de Dados. Ele também tem intensificado o papel Institucional e Político do Setor com o apoio das Filiadas Estaduais, da UNECS e das esferas Legislativa e Executiva.
Anuário ABAD – Embora seja uma entidade de classe sem fins lucrativos, a ABAD é gerida como uma empresa, com metas a cumprir. Nesse sentido, qual o papel do superintendente executivo?
Oscar Attisano – É exatamente esse o formato. A gestão da entidade é igual à de uma empresa comum. Apesar de não ter fins lucrativos, a ABAD necessita de recursos para realizar seus projetos. Por ser uma entidade idônea, forte e representativa, ela desperta tanto o interesse das empresas atacadistas e distribuidoras, que se associam à entidade, quanto dos parceiros fornecedores de produtos e serviços, que enxergam nosso valor e papel e, por isso, apoiam e patrocinam nossos eventos. A ABAD tem como principal objetivo representar institucionalmente o canal indireto, fortalecendo o elo entre Indústrias, Agentes de Distribuição e Pequenos e Médios Varejistas. Nesse universo, as ações zelam pelo desenvolvimento econômico, social e ambiental da Cadeia de Abastecimento Nacional. Para garantir o cumprimento dessa missão, precisamos de um time de profissionais afinado e competente. Somente dessa forma podemos atender e colocar em prática os planos de cada presidente e diretoria eleita, que tem a árdua tarefa de desenvolver constantemente o setor, atendendo os anseios dos associados e da sociedade como um todo. Com eficiência e transparência, os bons resultados são consequência natural.
Anuário ABAD – Ao assumir, cada diretoria tem planos e propósitos. Como viabilizá-los?
Oscar Attisano – Apesar dos desafios se alternarem a cada 4 anos, mantemos, já há algum tempo, um quadro executivo de colaboradores e prestadores de serviços de primeira linha. São profissionais especializados e eficazes em suas áreas de atuação, que dão continuidade às atividades existentes e se adaptam facilmente às novas exigências. Para garantir essa sintonia, elaboramos anualmente um plano detalhado das atividades com um rígido orçamento financeiro para viabilizar a realização e os resultados. Depois disso, é arregaçar as mangas e atuar com seriedade e profissionalismo.
Anuário ABAD – Como o senhor projeta o futuro da ABAD?
Oscar Attisano – A ABAD é um exemplo de entidade de classe setorial. É respeitada e admirada por entidades coirmãs e parceiras pela forma eficiente, ágil e transparente como atuamos. Historicamente elegemos presidentes e diretorias compostas por importantes e idôneos empresários do setor e que tenham, além da liderança natural, o espírito associativista para doar seu tempo em prol de todos, com firmes propósitos de melhorar o ambiente de negócios e a vida da sociedade em geral. Com este pensamento e confiança, chegamos aos 40 anos de existência da ABAD e entramos em uma nova fase, colocando o setor em outro patamar, atendendo os anseios dos próprios associados. Essa fase tecnológica está sob o comando de um presidente jovem e inovador, que nos estimula constantemente a buscar novas oportunidades. O setor é resiliente e superou diversas crises e saiu fortalecido de todas elas. Por isto, vamos sempre agir e manter a fé e esperança em um setor, um País e um mundo cada vez melhor.