Na opinião de Anderson Alves, diretor da Prática Logística a conciliação entre processos, tecnologia e pessoas pode resultar num aumento significativo da produtividade e performance.
A operação de um centro de distribuição não se resume apenas a guardar os produtos nas prateleiras e carregá-los nos veículos. Ela é muito mais grandiosa e complexa. A análise é de Anderson Alves, diretor da Prática Logística, empresa especializada na consultoria a empresas dos mais diversos segmentos. Na opinião de Alves, a conciliação entre processos, tecnologia e pessoas pode resultar num aumento significativo da produtividade e performance.
Para obter essa conciliação, alguns fatores devem ser considerados. “A empresa precisa definir os processos que vai utilizar, como, por exemplo, a separação das mercadorias que foram vendidas e serão enviadas aos clientes. A partir daí, é necessário adequar o espaço físico à estrutura necessária, incluindo uma boa conexão de internet, e instalar os equipamentos exigidos à realização dos processos definidos”. Alves destaca que, hoje, o mercado brasileiro dispõe de soluções tecnológicas que permitem a boa execução do trabalho. “Finalmente, é preciso treinar as equipes que realizarão o serviço.”
O executivo lembra que a otimização contínua reduz custos e promove a alta performance logística em todos os processos, como recebimento de mercadorias, estocagem, devolução ao fornecedor, transferência entre endereços, abastecimento preventivo e corretivo, preparação e separação de pedidos, conferência de expedição, embarque, devolução de produtos por parte de clientes, entre outros.
Quando o processo logístico não contribui para o bom resultado da empresa, “há geração de alto índice de divergência de estoque, de avarias, rupturas de estoque, constantes atrasos nas entregas, excesso de horas extras, demora na conferência, estocagem e separação dos produtos, reduzindo o nível de serviço e elevando a insatisfação dos clientes”.
Anderson Alves aponta alguns números que provam a eficácia da boa aplicação da logística num centro de distribuição: 87% de aumento no processo de separação da carga por ordem de serviço e 40% de aumento na agilidade da conferência e embalagem. Há empresas que obtiveram 90% de redução no corte de produtos (quando a mercadoria vendida não está disponível no estoque), 30% de aumento na reposição de produtos nos endereços de picking e 25% de redução do tempo de contagem de inventário geral.