Explicação para expectativa otimista reside no fato de que, passado o primeiro momento após a chegada da pandemia, a opção por comprar perto de casa, evitando grandes deslocamentos, em locais com menos aglomeração e fluxo de pessoas, e, portanto, mais seguros, falou mais alto
O pequeno varejo independente do País está otimista com os resultados deste ano e, além de não demitir, pretende contratar empregados. Esse é o resultado de pesquisa realizada pela consultoria GfK com 361 varejistas de lojas com até quatro checkouts em todo o Brasil em junho deste ano com o objetivo de apurar como foi o desempenho em 2019 e perspectivas para 2020. Ao contrário das previsões e projeções pessimistas, quase 75% deles acredita que 2020 será melhor ou igual ao ano anterior.
Os varejistas entrevistados foram perguntados sobre os resultados de 2019 em relação ao ano anterior. Do total, 64,3% afirmaram que o desempenho ficou acima do esperado. A mesma boa performance foi registrada em 2018 com relação a 2017: 45,7% consideraram os resultados acima do esperado. Já com relação ao faturamento em 2020, 50% acreditam que será melhor do que em 2019 e 24%, que será igual. Deve-se ressaltar, segundo analistas da GfK, que esses índices foram apurados em junho passado, durante a pandemia.
A explicação para essa expectativa otimista reside no fato de que, passado o primeiro momento após a chegada da pandemia, quando os consumidores procuraram especialmente o cash & carry para o abastecimento do lar, a opção por comprar perto de casa, evitando grandes deslocamentos, em locais com menos aglomeração e fluxo de pessoas, e, portanto, mais seguros, falou mais alto. Daí, a preferência pelo pequeno varejo. Vale ressaltar que o canal ainda mantém um preço competitivo em relação às grandes redes.
O otimismo dos pequenos varejistas manifesta-se, também, quando o assunto é contratação ou demissão de empregados. Do total de 361 respondentes, 71% vão manter o quadro de funcionários e 21% irão contratar nos próximos seis meses; em média, serão contratados dois novos empregados.
A pesquisa apurou, ainda, qual o percentual do pequeno varejo que realiza as compras para a sua loja pela internet. Os resultados indicam que 32% já migraram para o online, percentual semelhante ao levantamento feito em 2019, quando 30% afirmaram usar a internet para as compras de reposição. Esse índice sobe na região Sul, onde 40% das compras dos pequenos varejistas é feita online. Daqueles que fazem a reposição online de produtos, 30% justificaram com o preço acessível, outros, 29%, com a comodidade e 23% afirmaram que é por imposição da indústria ou rede. Já dos dois terços que ainda usam o modelo convencional, 43% afirmaram preferir fazer as compras pessoalmente.