O cenário recente com o coronavírus também mostrou que o trem, em longa distância, é mais eficiente e seguro. Por trem, a carga fica mais protegida contra roubos e furtos, e até mesmo contra intempéries – a Brado, por exemplo, faz a movimentação em contêineres, seja por caminhão, seja pelos trilhos.
A multimodalidade logística vem ganhando cada vez mais espaço nas empresas que percebem a competitividade em utilizar de maneira estratégica os diferentes modais de transporte que existem em nosso País. Apesar da forte presença nacional das rodovias, o transporte ferroviário se tornou um importante pilar da agenda de infraestrutura do governo federal nos últimos anos. E grandes investimentos que já foram desenhados anteriormente já são realidade, como a renovação da malha paulista e a futura retomada da Ferrovia Norte-Sul no trecho entre as regiões Centro-Oeste e Norte.
A Brado se destaca por operar em ferrovias que interligam a indústria, o agronegócio e um mercado interno sedento por consumo dos produtos mais variados possíveis, como bens de consumo, produtos de limpeza, itens de higiene pessoal e alimentos. A presença estratégica de seus terminais multimodais faz a empresa ser a melhor distância entre gente que produz e gente que consome. Os exemplos são suas unidades próximas às linhas férreas em cidades como Rondonópolis (MT), Sumaré (SP) e Cambé (PR). Nesses três municípios, os clientes se valem da rodovia para as distâncias curtas e da ferrovia para os percursos mais longos, que podem chegar a quase 1.500 quilômetros.
A multimodalidade não significa apenas um custo competitivo para as empresas. Ela também oferece uma vantagem estratégica: mais flexibilidade de gerenciamento para quem faz um bom planejamento. De São Paulo a Mato Grosso, o transit time ferroviário varia de 3 a 3,5 dias. Sabendo disso, atacadistas e distribuidores podem contratar os serviços logísticos de acordo com seus estoques e demandas locais.
O cenário recente com o coronavírus também mostrou que o trem, em longa distância, é mais eficiente e seguro. Por trem, a carga fica mais protegida contra roubos e furtos, e até mesmo contra intempéries – a Brado, por exemplo, faz a movimentação em contêineres, seja por caminhão, seja pelos trilhos. Os modelos dry, reefer e isotank podem receber os mais diversos produtos, indo de cargas secas a congelados, e até líquidos a granel (como óleos, gorduras, extratos, ceras e lubrificantes).
Além das vantagens comerciais, a multimodalidade tem um importante benefício para o meio ambiente: ela é mais sustentável. Quando a operação tem uma base ferroviária, é possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.A ferrovia é capaz de emitir cinco vezes menos poluentes do que a rodovia. Em 2019, os clientes Brado que utilizaram o trem deixaram de emitir 255 mil toneladas de CO2, o que equivale à emissão feita por mais de 115 mil automóveis.
Muito em breve, a Brado conseguirá demonstrar para o mercado quais são as vantagens e benefícios ambientais da multimodalidade. Neste ano, a empresa foi escolhida como um case de sustentabilidade por uma turma de MBA do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Essa aproximação resultou no desenvolvimento de uma ferramenta pioneira para o transporte multimodal que vai calcular as reduções de CO2 e redução de acidentes. Por meio de algoritmos que usam Inteligência Artificial, a ferramenta que foi aprimorada e também estudada por um time interno, poderá ser acessada por todos os clientes da Brado via web para que eles vejam a quantidade de emissões e os possíveis acidentes evitados ao se optar pelo trem nos transportes de longa distância.
Até agora, a multimodalidade não tinha um instrumento que demonstrasse de forma prática o quanto se reduz de emissões e acidentes ao se optar por transportar as cargas pelos trilhos em conjunto com as rodovias. Após o primeiro passo com o MIT, o projeto está sendo aprimorado para atender demandas do mercado nacional e poderá ser lançado ao mercado neste segundo semestre.