“É necessário agir e se solidarizar de forma colaborativa com a situação de um segmento que emprega milhares de pessoas e possui outras centenas de empresas que dependem da sua sobrevivência.”
Emerson Destro, presidente da ABAD
Preocupada com o impacto que o isolamento social provocou no segmento de bares e restaurantes, a ABAD lançou, em junho, em parceria com a indústria, a campanha Avante Food Service, com o objetivo de minimizar os efeitos decorrentes do fechamento, por mais de três meses, desses estabelecimentos. De âmbito nacional, o movimento conta com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro (Aderj), instituto Food Service Brasil (IFB), Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) e de líderes regionais da ABAD.
O tamanho real do impacto financeiro sobre a atividade de bares e restaurantes ainda não pode ser dimensionado com exatidão. Mas é certo que, a partir das medidas de relaxamento do isolamento social, dos cerca de 1 milhão de estabelecimentos espalhados pelo País, pelo menos 20% deles não reabriram seus negócios e os 80% restantes retomaram as atividades com queda brutal no faturamento.
Para o presidente da ABAD, Emerson Destro, a crise que atingiu o setor da alimentação fora do lar exige uma ação conjunta para ser debelada. “É necessário agir e se solidarizar de forma colaborativa com a situação de um segmento que emprega milhares de pessoas e possui outras centenas de empresas que dependem da sua sobrevivência.” As 27 filiadas da Associação também se uniram ao movimento.
A ideia de se criarem ações de apoio ao segmento partiu da Aderj, que procurou a ABAD para discutir maneiras de auxiliar bares e restaurantes. O setor, além de vital para a economia do País, é também um importante canal de vendas dos agentes de distribuição. A proposta de apoio foi debatida com a Abrasel, IFB e SindRio. Dos encontros nasceu o consenso de criar um movimento nacional em favor de bares e restaurantes para o equilíbrio de toda a cadeia.
A indústria foi convidada a abraçar essa causa de modo a permitir que os estabelecimentos tivessem condições mínimas de retomar suas atividades e fazer frente às suas despesas, adotando medidas como: concessão de prazo adicional para pagamento nas primeiras compras na reabertura do estabelecimento; doação de enxoval/kit de reabertura com produtos essenciais ao início das atividades e recomposição do estoque dos operadores; doação de kit de proteção e higienização para atendimento aos clientes e empregados; incentivos comerciais, promoções packs, bonificações nos itens de maior representatividade para o setor; e criação de kits para promover a sistemática de delivery dos operadores. Dessa forma, a rede de atacadistas e distribuidores, que aufere 60% ou mais de seu faturamento do segmento de food service, teria condições de repassar preços, prazos e promoções a bares e restaurantes de todo o Brasil.